Ruído. Faz libertar um animal feroz, por alguns milímetros para fora do corpo. Desperta, saí de mansinho, devagar. Não se espraia pelo ar. Fica contido. Apenas naquele lugar que ainda é corpo, mas já não o é. Como se fosse rasgar esse espaço a qualquer momento, mas não sai. Fica contido. O ruído continua. Cada vez mais forte e denso. O bicho não sai! Cresce em toda a sua presença. Sem medos, liberta-se! Rosna ao mundo, com uma força silenciosa e invisível que é sentida. Sem medos. O bicho rosna. E desaparece no silêncio seguinte. Volta à toca. Esconde-se, para voltar... Durante o próximo... Ruído.
Maio de 2007
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